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De um tempo...

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Sou de um tempo que impregnou em mim. Sou daquele tempo, em que se pedia bença; pro seu pai, pra sua mãe ... pra avo,avo e pra toda "tiarada"... Sou do tempo da ternura. T ernura que se enche meu coracao de saudade. ele, meu coração ,fica solto de mim, resolveu que era bom lembrar...e eu vou, Ouço meu pai la na carpintaria serrando madeira, e a voz de minha mãe cantando; ela tão linda! como a canção que cantava. Tô na gangorra,no quintal de D.Ica... impulsionando com pés; voo alto, meus pés tocam o céu, meus cabelos bem comprido naquele tempo varrem o chão. do balanço;  do galho da mangueira,felizes meus olhos Miram a jaboticabeira, dançam pra mixiriqueira... Da mixiriqueira,dançam pro abacateiro... tem gosto de gabiroba..., gabiroba com gosto de mamgaba, mangaba e gariroba... ah! a "cagueitera"... E vou pensando... onde tem "bacopari"...? E a frutinha... aquela, que colore meus dentes, e lingua de azul, roxo... onde tem?... coloriu a minha alma, deixou-

A mim,não me importa...

O QUE ME IMPORTA..... O que me importa, a mim que minhas lágrimas firam a você! O que me importa, a mim que minhas dores machuquem você. O que me importa a mim, que minh'alma incomode a sua! Muito antes de elas visitarem você, já se haviam instaladas em mim... Antes de ferirem você, feriram-me primeiro. Antes de se instalarem em você; o medo já em mim, se fazia presente. As desesperanças suas, um dia foram minhas também. Antes,... muito antes, meu canto emudeceu, meus versos foram desfeitos. Ruíram-se meus sonhos; morri ali! E não mais renasci. Minha ressurreição, não tive ali. Minha alma d'antes bela, turvou-se, achou-se de não ser mais em mim!... Então ousei...um sonho, só meu em meus lábios, uma prece. A prece mais bela de todas as preces. O canto mais doce; que em mim brotou, brotou em acalantos de ninar, e uniu-se, aos risos tênues que roçavam em minha alma e prenunciavam, tempos de ressurreição... Renasci, refeita inteira de mim mesma! Absoluta! Longe...,muito longe, mui
na música,que a alma habita e se faz ouvir; nos beijos com hálitos de céus... No explicar;o que não se explica... apenas se sente! Não tem nome que defina, o espaço; sem corpo entre os braços...no aconchego; no chamego;no riso claro que meus olhos aparam... de criança que, num gesto só minha alma alcança São as saudades que guardei... e levo comigo...até que chegue; novamente, o dia de voltar. Saudades do que é meu; e que por enquanto;me deixo estar assim; só de saudades vestida! É a vida que se vive...ou pelo menos; a que me resta viver.. Por onde eu for... Viverei;ou antes... terei por nome; e sobrenome minha companheira; saudade! -graça-

última fala entre nós;vovó e eu!

No domingo passado,dia 08.08.2015 passei com vovó no hospital. Como ela chamava por Madrinha Rita...( sua madrinha de batismo ); resolvi me passar por madrinha Rita. Segue o diálogo meu com vovó... O que é minha filha; é a madrinha Rita... vim pra cuidar de você. Ela olhando pra mim... Madrinha Rita você veio ... que coisa boa... que coisa boa é madrinha boa.. e riu tão gostosamente !!! ...aí ela perguntou pelo padrinho... Respondi : - ah minha filha ele tava muito apertado e foi se aliviá atras da moita de bananeira... aí ela de uma gargalhada tão gostosa!!!... e eu segurando seu rostinho lindo; entre minhas mãos... Valeu ter ido; nunca vou esquecer a emoção desse momento; a alegria tão linda naquele rostinho tão sofrido... ( ela só não percebeu que era eu; e que eu estava chorando ) !!! Bença vó !!!

103 vivência...

E ela se foi; suportou até a última gota sem que se voltasse pro Pai; e lhe pedisse misericórdia pela dor... Mas nós a pedimos por ela... e nem foi por sso que ela se foi!!! É que ela; já estava fazendo falta nos céus... Viveu tudo... foi intensa!!! Era bunita demais...e, já havia percorrido o caminho que a levaria aos céus. Então era ir; Guerreira...feito luz brilhou nos caminhos de muitos... retirou as pedras que lhe foi possivel retirar, para tornar a estrada do outro mais suave... chorou por outros; por ela mesma...nunca vi, e nem noticias desse choro tenho. Riu todos os risos que lhe couberam nos olhos. Apertou e segurou,todas as mãos que se lhe estendiam... foi ombro de tantos quantos o buscaram. Era a personificação da fé! Sofreu da dor sem nome... nem aí chorou por ela; foi pelo outro que partiu cedo demais. E se alegrou; com todas as alegrias que sua alma suportou carregar... quão feliz era por confiar no PAI; e na Mãe Maria que nada lhe negavam tinha orguho do Deus em

saudade....

Tendo que expor minha alma ao vento... para sacudir minhas lágrimas; presas à minha alma; feito gotículas de chuva fôra e, com muita leveza; com muito carinho; cuidado e respeito por mim... são sequelas... de uma saudade imensa que em mim se instala e me desinstala! A saudade chegou... preciso aprender a dribá-la agora; e cuidadar da saudade de quem tem... e não sabe que a dor que dói nela; é a mesma que em mim dói é a mesma saudade de nós duas... saudades de mãe; saudades de vó!!! -dagraça- saudade de vó!

inquieto....

Inquieto está meu coração... e minha alma numa peleja sem fim. Quer dar guarida a ele,mas a dor que nele dói num cabe em mim... Já tenho dores antigas e, confesso delas ainda num dei conta; é grande demais ... e não consigo contê-la! Vai se derramando por minh'alma,e quando penso desvaída... tenho que espalmar minhas mãos;num gesto louco coo se fora possível à concretude de minhas mãos, amparar o abstrato insólito; das minhas dores. Minha alma; é em nada solidária com meu coração Mas pobre dela também; que não anda tendo com quem contar;nessa dor que também lhe é pungente, não só ao coração... Quisera eu; abraçar minha alma e mergulhá-la em meio ao meu coração ou; quem sabe se mais fácil fosse, mergulhar meu coração nessa minha pobre alma e assim... sairmos por aí em busca do que há de nos salvar; a ambos. Mas como encontrar; se nem definição tem essa dor, e se sabem de qual esperança querem se encher... Sei de uma esperança colorida, que derrama cores pelo arco iris,salpica o mant