De um tempo...
Sou de um tempo que impregnou em mim. Sou daquele tempo, em que se pedia bença; pro seu pai, pra sua mãe ... pra avo,avo e pra toda "tiarada"... Sou do tempo da ternura. T ernura que se enche meu coracao de saudade. ele, meu coração ,fica solto de mim, resolveu que era bom lembrar...e eu vou, Ouço meu pai la na carpintaria serrando madeira, e a voz de minha mãe cantando; ela tão linda! como a canção que cantava. Tô na gangorra,no quintal de D.Ica... impulsionando com pés; voo alto, meus pés tocam o céu, meus cabelos bem comprido naquele tempo varrem o chão. do balanço; do galho da mangueira,felizes meus olhos Miram a jaboticabeira, dançam pra mixiriqueira... Da mixiriqueira,dançam pro abacateiro... tem gosto de gabiroba..., gabiroba com gosto de mamgaba, mangaba e gariroba... ah! a "cagueitera"... E vou pensando... onde tem "bacopari"...? E a frutinha... aquela, que colore meus dentes, e lingua de azul, roxo... onde tem?... coloriu a minha alma, deixou-